Mais de 300 famílias já deixaram áreas de risco no Pinheiro, diz Defesa Civil de Maceió

Buracos e rachaduras têm feito com que moradores deixem suas casas no Pinheiro, em Maceió; procura por frete tem sido cada vez mais frequente — Foto: Magda Sueli/G1

Mais de 300 famílias já deixaram áreas de risco no Pinheiro, diz Defesa Civil de Maceió  Com  medo  do  que  pode  acontecer  com o aumento do número  de  rachaduras  e  buracos  no  bairro  do  Pinheiro, em Maceió, cada vez mais famílias estão deixando suas casas.Segundo a Defesa Civil Municipal, até sábado (1º), 317 imóveis localizados em áreas críticas já haviam sido evacuados. Mas como também há famílias deixando casas que não estão em áreas de risco, o movimento de caminhões de frete na região tem sido cada vez mais frequente.As mudanças têm ocorrido principalmente durante os finais de semana. A economista Márcia Dias morava de aluguel em uma casa que não fica em uma área de risco, mas resolveu sair mesmo assim.“A gente tem que se prevenir. Se a casa na esquina está na área de risco, como que aqui não vai estar também. A casa é alugada, estamos pagando multa, por não estarmos na área de risco”, diz Márcia. Fretistas ouvidos pela reportagem da TV Gazeta disseram que não param de receber telefonemas de moradores do bairro, com pressa para saírem logo de casa.Em uma das avenidas, os moradores dizem que apenas 3 casas continuam ocupadas. E com tanta gente saindo ao mesmo tempo, surgiu um novo problema: encontrar um lugar para alugar tem se tornado cada vez mais difícil.“Tá muito difícil encontrada casa. Imagina um bairro inteiro se mudando. As casas estão ficando cada vez mais escassas. Só tem eu morando aqui no prédio agora, mas na segunda-feira, no máximo, estou mudando”, afirma o pastor Jadson Souza.A aposentada Vera Lúcia Albuquerque de Gusmão também é a única moradora de um dos prédios do bairro, que fica na área vermelha. Ela conta que está triste por ter que deixar sua residência.“Estou me mudando, mas estou muito triste, muito nervosa. Não durmo, tomo remédio. Tenho medo de dormir e não acordar. Todos os dias são duas, três, quatro famílias saindo. É doloroso”, lamenta Vera Lúcia.